ETFs Brasileiros x ETFs Americanos: Comparação

etfs brasileiros x etfs americanos

Neste artigo, mergulhamos em uma análise abrangente das diferenças e semelhanças entre ETFs brasileiros e americanos.

Exploraremos aspectos-chave, como estruturas regulatórias, composição de carteira, custos associados, benefícios fiscais e desafios inerentes a cada um desses mercados de ETFs.

Ao examinar as particularidades de cada cenário, os investidores poderão tomar decisões informadas e estratégicas para alocar seus recursos da maneira mais adequada às suas metas financeiras e tolerância ao risco. Para ler mais conteúdos sobre ETFs, clique aqui.

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Alternativas de ETFs americanos no Brasil

Se você busca por ETFs Americanos, mas, por algum motivo, quer investir neles através de corretoras brasileiras, preparei uma lista completa comparando os principais:

ETF Americano ETF Brasileiro Descrição
SPY, IVV e VOO IVVB11, SPXI11 e SPXB11 S&P 500 (Economia Americana)
QQQ NASD11 e TECK11 Nasdaq (Tecnlogia Americana)
EWZ BOVA11 Ibovespa (Brasil)
VT WRLD11 Ações do Mundo Todo
VNQ ALUG11 REITs
BND USDB11 Renda Fixa Americana
MCHI XINA11 China
GLD GOLD11 Ouro
IEUR EURO11 Europa
IDIV DIVO11 Dividendos
BNDX BNDX11 Renda Fixa Global
VIOV SVAL11 Small Caps Americanas
MOO FOOD11 Agronegócio global
FIVG 5GTK11 Tecnologia 5G
ESPO JOGO11 Videogames e e-Sports
XBI BTEK11 Biotecnologia

 

Agora veja uma descrição sobre cada ETF:

  1. IVVB11, SPXI11 e SPXB11: Um dos primeiros e mais populares ETFs, acompanha o Índice S&P 500, oferecendo ampla exposição a 500 grandes empresas dos EUA.
  2. NASD11 e TECK11: Replica o Índice NASDAQ-100, focado em empresas de tecnologia e crescimento, incluindo gigantes de tecnologia líderes.
  3. BOVA11: Acompanha as ações brasileiras, oferecendo exposição ao desempenho do mercado de ações do Brasil.
  4. WLRD11: Oferece exposição global a ações, rastreando o Índice FTSE Global All Cap, abrangendo mercados desenvolvidos e emergentes.
  5. ALUG11: Replica o Índice MSCI US Investable Market Real Estate 25/50, fornecendo exposição ao setor imobiliário dos EUA.
  6. USDB11: Acompanha o desempenho do Índice Bloomberg Barclays U.S. Aggregate Float Adjusted, oferecendo exposição diversificada a títulos de grau de investimento dos EUA.
  7. XINA11: Segue o Índice MSCI China, fornecendo exposição às ações chinesas, incluindo ações A e listadas em Hong Kong.
  8. GOLD11: Reflete o preço do ouro, proporcionando aos investidores uma maneira de se expor ao desempenho do metal precioso.
  9. EURO11: Acompanha o Índice MSCI Europe, oferecendo exposição a ações de grande e média capitalização de países desenvolvidos europeus.
  10. DIVO11: Visa acompanhar o desempenho do Índice Solactive Global Dividend, com foco em ações com alto rendimento de dividendos.
  11. BNDX11: Segue o Índice Bloomberg Barclays Global Aggregate ex-USD Float Adjusted RIC Capped, oferecendo exposição a títulos internacionais de grau de investimento.
  12. SVAL11: Rastreia o Índice S&P Small-Cap 600 Value, oferecendo exposição a ações de pequenas empresas dos EUA com foco em valor.
  13. FOOD11: Reflete o Índice MVIS Global Agribusiness, focando em empresas envolvidas em agricultura e indústrias relacionadas.
  14. 5GTK11: Segue o Índice BlueStar 5G Communications, oferecendo exposição a empresas na vanguarda da tecnologia 5G.
  15. JOGO11: Rastreia o Índice MVIS Global Video Gaming and eSports, oferecendo exposição à indústria de videogames e eSports.
  16. BTEK11: Reflete o Índice S&P Biotechnology Select Industry, focando no desempenho de empresas de biotecnologia.

1. Segurança

A segurança dos ETFs americanos é ampliada devido à sua presença em um ambiente jurídico robusto e consolidado, oferecendo tranquilidade aos investidores.

Os ETFs americanos estão diretamente vinculados ao mercado financeiro dos EUA, que é reconhecido por suas rigorosas regulamentações e estabilidade econômica. Isso cria um ambiente propício para investidores, uma vez que podem confiar na transparência das operações e na proteção dos seus direitos como acionistas.

Os ETFs americanos oferecem uma segurança aprimorada em comparação aos ETFs brasileiros devido à sua base nos Estados Unidos, onde prevalece uma sólida estrutura de segurança jurídica.

Por outro lado, os ETFs brasileiros podem estar sujeitos a flutuações no cenário político e regulatório local, o que pode impactar a segurança dos ativos e os interesses dos investidores.

Ao optar por ETFs americanos, os investidores se beneficiam da confiança na aplicação rigorosa das leis financeiras e de mercado, mitigando riscos associados a incertezas legais.

2. Taxas

Os ETFs americanos frequentemente apresentam uma vantagem em termos de taxas mais baixas em comparação com os ETFs brasileiros, devido a uma estrutura direta de investimento.

Nos ETFs americanos os investidores lidam diretamente com as taxas aplicadas ao fundo subjacente, mas nos ETFs brasileiros que replicam ETFs americanos, há uma camada a mais de taxas. Isso porque a maioria dos ETFs brasileiros investe nas cotas dos ETFs americanos, levando a uma sobreposição de taxas que impacta a rentabilidade líquida.

Essa realidade pode resultar em um custo total significativamente maior para os investidores brasileiros que optam por ETFs nacionais que replicam ETFs americanos.

Por outro lado, investir diretamente em ETFs americanos permite aos investidores evitar essa duplicidade de taxas, mantendo um controle mais eficaz sobre os custos associados ao investimento.

Portanto, ao escolher entre ETFs americanos e ETFs brasileiros, considerar as taxas e seus efeitos nas receitas é fundamental para tomar decisões financeiras informadas e otimizadas.

3. Impostos sobre Dividendos

A tributação dos dividendos americanos para investidores estrangeiros é uma consideração crucial ao comparar ETFs americanos e brasileiros.

Nos Estados Unidos, os dividendos estão sujeitos a impostos de retenção na fonte, impactando diretamente o rendimento líquido dos investidores de outros países. Por outro lado, os ETFs brasileiros muitas vezes retêm os dividendos e os redistribuem no próprio fundo, evitando a tributação imediata.

Isso pode parecer vantajoso, já que o investidor não precisa arcar com a retenção de impostos no momento do pagamento dos dividendos.

No entanto, essa abordagem também tem implicações. Os ETFs brasileiros podem reter uma parte dos dividendos para cobrir despesas e custos operacionais, afetando potencialmente os retornos dos investidores.

Além disso, a decisão de reinvestir os dividendos ou vendê-los para obter renda depende da estratégia do investidor. Clique aqui para ver os principais ETFs de dividendos mensais.

Enquanto os ETFs brasileiros oferecem uma vantagem em termos de impostos imediatos, os investidores podem precisar vender suas cotas para aproveitar efetivamente os dividendos.

Portanto, ao ponderar entre os benefícios fiscais e as consequências operacionais, os investidores devem considerar suas metas financeiras e estratégias de investimento ao selecionar entre ETFs americanos e brasileiros.

4. Liquidez

A liquidez é uma consideração crucial ao comparar ETFs brasileiros e americanos.

Geralmente, os ETFs americanos apresentam maior liquidez devido a diversos fatores. Os EUA possuem um mercado financeiro mais amplo e desenvolvido, resultando em mais participantes e volume de negociação.

A presença de investidores institucionais e uma ampla gama de ativos subjacentes também contribui para a liquidez. Além disso, a competição entre os diversos ETFs listados nos EUA estimula uma maior liquidez.

A vantagem da liquidez nos ETFs americanos é que facilita a compra e venda, reduzindo custos de transação e spreads.

No entanto, é importante considerar a liquidez individual de cada ETF, independentemente da origem, para tomar decisões informadas sobre investimentos.

5. Quantidade de Opções

Quando se pensa em qual das duas opções é melhor, deve-se considerar também as opções de investimentos.

Os ETFs americanos oferecem uma notável vantagem em termos de diversidade de investimentos, com uma ampla gama de opções em relação a setores, localidades geográficas e critérios de investimento.

Nos Estados Unidos, o mercado financeiro é caracterizado por sua extensa variedade de setores econômicos, o que permite aos investidores escolher entre ETFs que se concentram em tecnologia, saúde, finanças, energia e muitos outros setores.

Além disso, a diversidade geográfica dos EUA proporciona a possibilidade de investir em diferentes regiões do país, cada uma com características econômicas únicas.

A capacidade de investir com base em critérios específicos, como sustentabilidade ambiental, critérios sociais e de governança (ESG), também é uma vantagem dos ETFs americanos.

Isso permite que os investidores alinhem seus investimentos com valores pessoais ou metas específicas.

Conclusão

Em resumo, a comparação entre ETFs americanos e brasileiros revela diversas vantagens nos primeiros.

Os ETFs americanos oferecem maior segurança devido à solidez do sistema financeiro dos EUA, além de uma liquidez mais alta e uma variedade de opções de investimento. A redução de taxas também é notável. No entanto, é importante destacar que os ETFs brasileiros possuem a vantagem de não tributar dividendos.

Em última análise, a escolha entre ETFs americanos e brasileiros deve ser guiada pela estratégia individual de investimento, metas financeiras e perfil de risco.

Cada investidor deve ponderar cuidadosamente os prós e contras de ambos os tipos de ETFs, considerando seus objetivos específicos e a capacidade de lidar com as complexidades associadas a cada opção.

A diversificação de ativos é uma abordagem fundamental para minimizar riscos e maximizar oportunidades, e a combinação de ETFs de diferentes origens pode ser uma maneira sensata de aproveitar o melhor dos dois mundos.

 

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono da Casa do Estudo e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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