ETFs x Fundos de Investimentos: Qual a Diferença?

etfs x fundos de investimentos

Este artigo visa desvendar as principais diferenças entre ETFs e fundos de investimento.

Os ETFs são adequados para investidores que buscam estratégias de investimento passivas e de baixo custo, pois eles replicam índices de mercado. Por outro lado, os fundos de investimento são mais apropriados para aqueles que desejam estratégias mais ativas, pois envolvem gestores que tomam decisões ativas para superar o mercado.

Vamos explorar os critérios essenciais para a tomada de decisão, incluindo taxas, liquidez, diversificação, desempenho histórico, estratégia de investimento, risco, distribuição de rendimentos e implicações fiscais. Saiba tudo sobre os ETFs Americanos com o nosso artigo completo.

Ao final deste artigo, você estará melhor preparado para escolher o veículo financeiro que melhor atende aos seus objetivos financeiros, tolerância ao risco e estratégia de investimento.

Vamos começar esta jornada para entender as nuances dos ETFs e dos fundos de investimento. E para ler outros artigos sobre esse tema, clique aqui.

IMPORTANTE: nada daqui é recomendação de investimentos. Sou apenas uma pessoa aprendendo a investir e compartilhando minhas experiências. Na dúvida, contrate um profissional qualificado e certificado.

1. Taxas e Custos

Taxas e custos podem impactar significativamente os retornos dos investidores ao longo do tempo.

Normalmente, ETFs têm uma vantagem, pois tendem a ter taxas de administração mais baixas do que fundos mútuos tradicionais. Isso faz com que haja mais dinheiro no fim do dia para o investidor.

Ao avaliar essa categoria, os investidores devem considerar a taxa de administração, que é cobrada anualmente pelos gestores do fundo ou ETF para cobrir seus serviços.

Além disso, é importante analisar os custos de transação, que são incorridos ao comprar ou vender as cotas do fundo ou as ações do ETF. Custos de resgate, se aplicáveis, também devem ser observados.

Comparar esses custos é crucial, pois taxas mais altas podem corroer seus ganhos ao longo do tempo. Confira 17 ETFs de Países Emergentes aqui.

2. Liquidez

A liquidez se refere à facilidade com que um investidor pode comprar ou vender suas participações sem afetar significativamente o preço do ativo.

ETFs são altamente líquidos, permitindo a compra/venda a qualquer momento no mercado. Fundos de investimento podem ter restrições ou liquidação única diária, dificultando o acesso imediato ao dinheiro.

ETFs geralmente oferecem alta liquidez devido à sua estrutura de negociação em bolsa, o que significa que você pode comprar ou vender ações do ETF a qualquer momento durante o horário de funcionamento do mercado.

Por outro lado, a liquidez de fundos de investimento pode variar. Alguns fundos podem ter restrições de resgate ou podem liquidar apenas uma vez por dia, o que pode limitar a rapidez com que você pode acessar seu dinheiro.

Avaliar a liquidez é crucial, especialmente para investidores que podem precisar de acesso imediato aos seus investimentos. Confira os 9 melhores ETFs para quem quer investir na Índia.

Investidores devem considerar o volume médio de negociação do ETF ou a política de resgate do fundo ao escolher entre os dois, garantindo que suas necessidades de liquidez sejam atendidas. Saiba como investir no Japão com esses 9 ETFs.

3. Diversificação

A diversificação se refere à distribuição do investimento em uma variedade de ativos subjacentes, o que pode ajudar a reduzir o risco associado a qualquer ativo individual.

Alguns ETFs podem rastrear índices amplos, oferecendo uma diversificação ampla em uma única transação. Fundos de investimentos, por outro lado, podem variar amplamente em termos de diversificação, dependendo da estratégia do gestor e da categoria do fundo.

Portanto, ao comparar ETFs e fundos, é importante analisar quantos ativos subjacentes estão incluídos em suas carteiras.

Investidores devem considerar se a diversificação oferecida pelo ETF ou fundo está alinhada com seus objetivos de investimento e nível de risco desejado. Se você deseja buscar investimento nas FAANG, conheça 7 ETFs clicando aqui.

Uma carteira bem diversificada pode ajudar a mitigar o risco, mas também é importante entender que a diversificação não elimina completamente os riscos.

4. Desempenho Histórico

O desempenho histórico envolve a análise do histórico de desempenho desses veículos em várias condições de mercado ao longo do tempo.

Segundo John Bogle, fundador da Vanguard Group, a maioria dos gestores de fundos ativos não supera consistentemente o índice de referência no longo prazo. Isso ocorre devido às taxas e custos mais altos associados aos fundos ativos, que muitas vezes reduzem os retornos, tornando mais difícil superar os índices de mercado de forma consistente ao longo do tempo.

Vale notar que John Bogle possui um livro sobre o assunto, conhecido como O Investidor de Bom Senso (confira um resumo dele clicando aqui).

Ao comparar ETFs e fundos, é essencial examinar como cada um se saiu em diferentes cenários econômicos. Isso inclui períodos de alta e baixa do mercado, bem como eventos extraordinários.

O histórico de desempenho fornece informações valiosas sobre a consistência e a capacidade do ETF ou fundo de alcançar seus objetivos de investimento.

No entanto, é importante lembrar que o desempenho passado não garante resultados futuros. Ainda assim, ele pode ajudar os investidores a entender como o ETF ou fundo se comportou em situações semelhantes no passado.

Ao considerar o histórico de desempenho, os investidores devem avaliar se os resultados passados são consistentes com seus próprios objetivos de investimento e tolerância ao risco. Conheça os melhores ETFs americanos de dividendos nesse artigo.

Além disso, é aconselhável analisar o desempenho a longo prazo, em vez de apenas observar os resultados recentes, para obter uma visão mais abrangente do potencial de crescimento e risco associado ao investimento.

5. Estratégias de Investimento

É preciso  entender a abordagem adotada por esses veículos para gerenciar os ativos e alcançar seus objetivos de investimento. Existem diferentes estratégias de investimento, sendo as principais:

  1. Passiva: ETFs geralmente seguem estratégias de investimento passivas, replicando um índice específico. Isso significa que eles tentam espelhar o desempenho do índice subjacente, sem tentar superá-lo.
  2. Ativa: Fundos de investimento frequentemente adotam uma abordagem ativa, onde um gestor de fundos toma decisões de investimento ativamente para superar o mercado ou alcançar objetivos específicos.
  3. Renda Fixa vs. Ações: Alguns veículos são focados em renda fixa, enquanto outros se concentram em ações. A escolha depende dos objetivos do investidor e de sua tolerância ao risco.

Ao comparar ETFs e fundos, é importante considerar qual estratégia de investimento melhor se alinha com seus objetivos pessoais. Conheça a diferença entre ETFs ativos e passivos aqui.

Investidores com uma visão de longo prazo e uma abordagem de “comprar e manter” podem preferir ETFs passivos de baixo custo, enquanto aqueles que buscam superar o mercado podem optar por fundos ativos.

A escolha da estratégia de investimento desempenha um papel significativo no resultado final dos investimentos. Veja aqui 9 ETFs de value clicando aqui.

6. Risco e Volatilidade

O risco está diretamente relacionado à volatilidade, que mede o quanto o valor de um ativo pode variar ao longo do tempo.

Os ETFs, que geralmente replicam índices, podem ter níveis de risco variados, dependendo do índice que rastreiam. Além disso, os fundos ativos podem assumir riscos específicos em busca de maiores retornos. Portanto, é preciso avaliar os ativos individualmente.

Ao comparar ETFs e fundos, é importante entender o risco associado aos ativos subjacentes e à estratégia de investimento de cada veículo.

Por exemplo, fundos de ações tendem a ter maior volatilidade em comparação com fundos de renda fixa, devido às flutuações nos preços das ações. Conheça 9 ETFs de Bonds clicando aqui.

Os investidores devem considerar sua própria tolerância ao risco ao escolher entre ETFs e fundos, garantindo que a escolha esteja alinhada com suas metas financeiras e disposição para aceitar flutuações no valor de seus investimentos.

7. Distribuição de Rendimentos

A forma de distribuição de rendimentos pode variar entre esses veículos.

Em ETFs, a distribuição de rendimentos ocorre via dividendos ou ganhos de capital dos ativos, com a opção de reinvestir ou receber em dinheiro. Fundos de investimento variam mais: fundos de renda fixa geralmente distribuem rendimentos, enquanto fundos de ações pagam dividendos de acordo com suas holdings, podendo também distribuir ganhos de capital.

Em ETFs, a distribuição de rendimentos muitas vezes ocorre por meio de dividendos ou ganhos de capital quando os ativos subjacentes pagam esses rendimentos. Os investidores podem escolher reinvestir esses rendimentos ou recebê-los em dinheiro.

Já nos fundos de investimento, a distribuição de rendimentos pode ser mais variável. Fundos de renda fixa geralmente distribuem rendimentos regularmente, enquanto fundos de ações podem pagar dividendos quando as empresas em sua carteira o fazem. Fundos podem também distribuir ganhos de capital quando vendem ativos com lucro.

A escolha entre ETFs e fundos deve levar em consideração como os rendimentos se ajustam às necessidades do investidor, seja buscando renda regular, reinvestimento para crescimento futuro ou uma combinação dos dois. Conheça os 7 melhores ETFs de REITs clicando aqui.

A compreensão da política de distribuição de rendimentos é essencial para alinhar sua estratégia de investimento com seus objetivos financeiros e necessidades de fluxo de caixa.

8. Impostos

As implicações fiscais variam dependendo do local de residência do investidor e das leis tributárias em vigor.

ETFs geralmente têm vantagens fiscais em comparação com fundos de investimento tradicionais devido a sua estrutura de negociação em bolsa, que gera menos eventos tributáveis. Fundos mútuos, por outro lado, frequentemente distribuem ganhos de capital e rendimentos tributáveis aos acionistas quando vendem ativos dentro do fundo.

Em geral, ETFs podem oferecer vantagens fiscais sobre fundos de investimento tradicionais.

Isso ocorre porque, devido à sua estrutura de negociação em bolsa, os ETFs geralmente geram menos eventos tributáveis para os investidores, como ganhos de capital, uma vez que a compra e venda de ações de ETFs é feita entre investidores no mercado secundário.

Em contraste, os fundos mútuos frequentemente distribuem ganhos de capital e rendimentos tributáveis aos acionistas quando ocorrem vendas de ativos dentro do fundo. Conheça 7 ETFs chineses interessantes nesse artigo.

No entanto, as implicações fiscais podem variar dependendo dos ativos subjacentes e da estratégia de investimento do ETF ou fundo.

Portanto, é aconselhável consultar um profissional de impostos ou um consultor financeiro para entender completamente as consequências fiscais antes de tomar uma decisão de investimento, especialmente se você estiver em busca de eficiência fiscal em sua carteira.

9. Perfil de Risco

O nível de risco associado a cada veículo pode ser diferente e deve ser alinhado com o perfil de risco e objetivos do investidor.

ETFs e fundos podem variar em termos de risco, dependendo dos ativos subjacentes e da estratégia de investimento. Por exemplo, fundos e ETFs de ações tendem a ser mais arriscados devido às flutuações dos preços das ações, enquanto fundos e ETFs de renda fixa geralmente apresentam menos volatilidade, mas podem ter menor potencial de retorno.

A escolha entre ETFs e fundos deve considerar o nível de tolerância ao risco do investidor. Investidores com um perfil de risco mais conservador podem preferir ativos de renda fixa que oferecem uma proteção maior contra a volatilidade do mercado.

Por outro lado, investidores mais agressivos podem optar por fundos/ETFs de ações para buscar retornos potencialmente mais altos, mas com maior risco.

Avaliar seu próprio perfil de risco, objetivos financeiros e horizonte de investimento é crucial ao tomar decisões entre ETFs e fundos, pois diferentes veículos podem proporcionar exposição a diferentes níveis de risco.

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono da Casa do Estudo e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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