Rápido e Devagar: 13 Principais Lições e Resumo Completo

rapido e devagar
Título Rápido e Devagar
Autor Daniel Kahneman
Editora Objetiva
Ano 2012
Páginas 608
Nota ★★★★★ (5 estrelas)
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Rápido e Devagar é um livro escrito por Daniel Kahneman que fala sobre os princípios comportamentais que nos fazem tomar decisões erradas na vida.

Sendo assim, esse livro é fundamental para que consigamos entender como podemos agir com mais racionalidade e evitar cair em falácias. Compre o livro clicando aqui.

Qual é a Sinopse de Rápido e Devagar?

O livro, apesar de grande e um pouco complexo, pode ser resumido em algumas frases que vão te ajudar a definir se vale a pena lê-lo ou não.

No livro, o autor fala sobre duas formas de pensar: a primeira, mais rápida, intuitiva e emocional; e a segunda, mais lenta, racional e lógica. Assim, o autor fala a nossa tendência de analisar as coisas da primeira forma, quando devemos estimular a forma mais analítica e racional de pensar para eliminarmos nosso viés comportamental.

Esse livro é um marco muito importante no mercado financeiro, porque trouxe o conceito de finanças comportamentais ao grande público.

Quem é o autor de Rápido e Devagar?

Mas afinal, quem é o autor do livro? Será que o que ele diz vale a pena ser ouvido? Qual é a autoridade dele nessa área?

Daniel Kahneman é ganhador do Prêmio Nobel de Economia e psicólogo por formação. Ele ganhou o prêmio por causa do trabalho na tomada de decisões, especificamente na Teoria da Perspectiva. É um dos grandes nomes que ajudou a popularizar os conceitos de finanças comportamentais.

Ou seja: ele tem uma baita autoridade para falar de finanças e psicologia de forma integrada. Não é todo mundo que consegue um prêmio Nobel.

Qual é o resumo de Rápido e Devagar?

O livro é, de fato, muito grande. Mas ele possui um tema central muito claro.

O livro Rápido e Devagar fala sobre como não somos seres 100% racionais, e como somos levados a tomar más decisões que afetam negativamente nossas vidas. O livro mostra como nossas irracionalidades prejudicam todos os aspectos de nossas vidas: financeiro, pessoal, profissional e outros.

Este livro fala sobre uma vida inteira de trabalho sobre o pensamento humano, destacando nossos preconceitos e mostrando o brilho e as limitações da mente humana.

Kahneman escreve o livro como uma introdução à psicologia experimental para um leigo e resume alguns resultados das últimas décadas. Quer comprar o livro? Clique aqui.

Assim, ele dá uma descrição do método científico aplicado nas ciências sociais, sobre a criação de hipóteses, sobre experimentação e sobre análise de dados.

Dessa forma, ele mostra como nossa compreensão do pensamento humano avançou.

Por fim, Kahneman mostra que nossos cérebros são altamente evoluídos para realizar muitas tarefas com grande eficiência, mas muitas vezes são inadequados para realizar com precisão outras tarefas mentais.

Na verdade, nosso pensamento está repleto de falácias comportamentais. Por isso, corremos o risco de sofrer manipulação por empurrões e pequenos incrementos. Um livro que mostra isso é o Armas da Persuasão (leia um resumo do livro clicando aqui).

Sendo assim, as plataformas de mídia social, os governos, a mídia e líderes populistas são capazes de exercer uma forma de controle mental coletivo.

Quais são os Dois Sistemas descritos em Rápido e Devagar?

Kahneman apresenta dois personagens que animam a mente:

Primeiramente, o Sistema 1 opera de forma automática e rápida, com pouco ou nenhum esforço e nenhum senso de controle voluntário. Além disso, o Sistema 2 atribui atenção às atividades mentais exigentes que a exigem, incluindo cálculos complexos.

Portanto, as operações do Sistema 2 são frequentemente associadas à experiência subjetiva de agência, escolha e concentração.

Assim, esses dois sistemas de alguma forma coexistem no cérebro humano e, juntos, nos ajudam a navegar na vida; eles não são literais ou físicos, mas conceituais.

Primeiramente, o Sistema 1 é um sistema intuitivo que não pode ser desligado.

Dessa forma, ele nos ajuda a realizar a maioria das tarefas que a vida cotidiana exige, como identificar ameaças, navegar para casa em estradas familiares, saber que 2 + 2 = 4, reconhecer amigos e assim por diante.

Isso é o que podemos reforçar através de hábitos positivos. Uma obra que mostra isso perfeitamente é O Poder do Hábito (leia um resumo do livro clicando aqui).

Por outro lado, o Sistema 2 pode nos ajudar a analisar problemas complexos, fazer exercícios de matemática, fazer palavras cruzadas e assim por diante.

Embora o Sistema 2 seja útil, é preciso esforço e energia para ativá-lo. Então, ele tende a tomar atalhos a mando do Sistema 1.

Quais são as principais falácias descritas em Rápido e Devagar?

As principais falácias descritas em Rápido e Devagar são:

1. Associações falsas

De fato: nossas mentes são máquinas associativas maravilhosas, permitindo-nos associar facilmente palavras como “limão” com “verde”. Portanto, somos suscetíveis às associações.

2. Facilidade cognitiva

Tudo o que for mais fácil para o Sistema 2 é mais provável de ser acreditado. A facilidade surge da repetição de ideias, exibição clara, uma ideia preparada e até mesmo do próprio bom humor.

Dessa forma, acontece que mesmo a repetição de uma falsidade pode levar as pessoas a aceitá-la, apesar de saber que não é verdade, pois o conceito se torna familiar e fácil de processar.

3. Conclusões precipitadas

Nosso Sistema 1 é “uma máquina para tirar conclusões precipitadas”, baseando sua conclusão em “O que você vê é tudo que existe”.

Dessa forma, essa é a tendência do Sistema 1 de tirar conclusões com base nas informações prontamente disponíveis e acreditar fervorosamente nessas conclusões.

4. Simplificando perguntas

De fato: ao lidar com uma questão complexa ou difícil, transformamos a questão em outra mais fácil que podemos responder. Quer ler o livro? Clique aqui para comprar.

5. Lei dos Pequenos Números

Temos uma fé exagerada em pequenas amostras. Nossa tendência a buscar padrões nos leva a uma explicação causal de eventos casuais que são errados.

6. Ancoragem

A ancoragem é uma forma de preparar a mente com uma expectativa.

Por exemplo, nas perguntas: “A altura da sequoia mais alta é maior ou menor que x pés? Qual é a sua melhor estimativa sobre a altura da sequoia mais alta? ”

Quando x era 1200, as respostas à segunda pergunta eram 844. Quando x era 180, a resposta era 282.

7. Representatividade

Ainda, o conceito de representatividade é onde usamos estereótipos para nos ajudar a julgar as probabilidades.

Por exemplo, “você vê uma pessoa lendo The New York Times no metrô. Qual das alternativas a seguir é uma aposta melhor sobre o estranho leitor? 1) Ela tem um doutorado. 2) Ela não tem diploma universitário. ”

Assim, a representatividade nos faz escolher a segunda resposta, mesmo que a probabilidade de doutorado no metrô seja muito menor do que a de pessoas sem diploma.

8. Menos é mais

Dada a descrição, “Linda tem 31 anos, é solteira e se formou em filosofia”.

Assim, qual alternativa é mais provável? “Linda é caixa de banco” ou “Linda é uma caixa de banco e é ativa no movimento feminista”?

Nesse caso, o detalhe de que Linda é “ativa no movimento feminista” na resposta 2 só impõe mais restrições.

No entanto, por causa da narrativa, escolhemos a segunda opção, embora seja menos provável.

9. Regressão à média

A regressão à média é o fato estatístico de que qualquer sequência de tentativas acabará por convergir para o valor esperado (ou seja, a média). Clique aqui para ler o livro e entender mais.

10. Ilusão de compreensão

De fato: construímos narrativas para ajudar na compreensão e dar sentido ao mundo. Procuramos causalidade onde não existe.

11. Intuição do especialista

Além disso, algoritmos, mesmo os aparentemente primitivos, aplicados com disciplina muitas vezes superam os especialistas.

12. Falácia de planejamento

Esta falácia aflige muitas profissões e leva em conta apenas o planejamento ideal, e não os resultados reais de projetos semelhantes.

13. Otimismo

Por fim, a maioria das pessoas é excessivamente confiante, tende a negligenciar os concorrentes e acredita que eles terão um desempenho melhor do que a média.

Quais são os principais erros de finanças comportamentais segundo Daniel Kahneman?

Os principais erros em finanças comportamentais segundo Daniel Kahneman são:

1. Aversão à perda

Em segundo lugar, a aversão à perda permeia grande parte da vida, impedindo que pessoas tomem riscos que podem trazer benefícios.

2. A irracionalidade das pessoas

Além disso, o tratamento padrão dos atores na economia é assumir a racionalidade. No entanto, as pessoas não são totalmente racionais.

Dessa forma, eles têm uma propensão a valorizar a eliminação do risco em vez de reduzi-lo a um nível aceitável. Quem explica isso muito bem é o Thiago Nigro no livro Do Mil ao Milhão (clique aqui para ler um resumo da obra).

Portanto, as pessoas atribuem valor a ganhos e perdas (ou seja, a mudança) e não à própria riqueza.

3. Uso de referências

De fato: a forma como um problema é enquadrado faz uma grande diferença nas percepções e soluções.

Assim, uma apresentação do problema de forma diferente pode gerar respostas e resultados diferentes.

4. Considerar apenas fatos recentes

Além disso, as pessoas tendem a ter excesso de peso em experiências recentes.

Portanto, um filme que começa ruim, mas tem um final agradável, provavelmente serão lembradas favoravelmente.

Por outro lado, a sequência oposta pode minar a experiência geral, mesmo se objetivamente as partes ruins não duraram mais em nenhum dos casos.

Quais são as críticas de Daniel Kahnemann a Bernoulli?

Primeiramente, é preciso saber que foi Bernoulli que, há quase 250 anos, propôs a Teoria da Utilidade, que em essência explica as escolhas e motivações das pessoas pela utilidade dos resultados.

Kahnemman argumenta que, ao contrário do que diz Bernoulli, as escolhas não eram apenas o valor esperado matematicamente determinado, mas em um valor psicológico, a utilidade. Assim, as pessoas agem de forma avessa ao risco, preferindo apostas seguras a riscos, até mesmo apostas matematicamente equivalentes (por exemplo, ganhar $ 500 imediatamente; ou 50% de chance de $ 1000).

Além disso, a utilidade é relativa à riqueza ou pobreza do indivíduo.

Portanto, isso explica por que todas as outras coisas são iguais, uma pessoa mais pobre comprará seguro para transferir o risco de perda para outra mais rica.

No entanto, Kahneman aponta que a teoria de Bernoulli falha porque não leva em consideração o estado de referência inicial.

Por exemplo: a riqueza atual de A é de 1 milhão. A riqueza atual de B é de 5 milhões. A ambos é oferecida a escolha entre uma aposta e uma coisa certa.

Assim, é feita a aposta de haver chances iguais de acabar possuindo 1 milhão ou 5 milhões (ou seja, possuir 2,5 milhões).

Na conta de Bernoulli, A e B enfrentam a mesma escolha: sua fortuna esperada será de 2,5 milhões se eles fizerem a aposta e de 2 milhões se preferirem a opção certa.

Bernoulli esperava, portanto, que A e B fizessem a mesma escolha, mas essa previsão está incorreta.

No entanto, novamente, a teoria falha porque não permite os diferentes pontos de referência a partir dos quais A e B consideram suas opções. Para ler mais sobre isso, clique aqui e compre o livro.

Quais são os pontos negativos de Rápido e Devagar?

De fato, o livro tem alguns pontos negativos que podem afastar algumas pessoas da leitura.

O livro pode não ser a leitura mais simples do mundo, pois pode apresentar alguns conceitos mais profundos. Você vai precisar se preparar um pouco mais pra leitura, que é bastante extensa (mais de 600 páginas, algo pouco comum em best-sellers).

No entanto, não é nada tão impossível: o livro foi feito para todos, então tenha atenção e você conseguirá entender.

Quais são os pontos positivos de Rápido e Devagar?

A obra é bastante acessível (apesar do que eu falei na parte dos pontos negativos), pois foi feita para o público geral.

Apesar de ter conceitos complexos, eles são mostrados de forma simples. Além disso, assim que o leitor ver as lições esse livro, ele conseguirá tomar decisões mais conscientes. De fato: apesar de Kahneman ser especialista em finanças comportamentais, todas as áreas da sua vida se beneficiarão.

Vale a pena ler Rápido e Devagar?

O livro, apesar de recente, já se tornou um clássico tanto para profissionais de finanças quanto para o público geral.

De fato, vale a pena ler Rápido e Devagar. O livro de Kahneman é um resumo importante para o leitor geral dos avanços na psicologia comportamental nos últimos 40 anos. Assim, o livro mostra que as pessoas usam seu conhecimento contextual e cultural para perceber as coisas.

Uma vez que analisar as declarações com muita precisão costuma ser considerado algo negativo, muitas pessoas acabam sendo vítimas de padrões comportamentais.

Se você quer comprar o livro Rápido e Devagar, faça a compra do livro clicando aqui. Dessa forma, você não paga nada a mais por isso e ajuda a manter o meu trabalho de pé.

Você ainda tem dúvidas sobre o livro Rápido e Devagar? Faça um comentário aqui para que possamos te ajudar.

Leituras Complementares

Se você gostou de Rápido e Devagar, com certeza vai gostar dos 3 livros abaixo. Eles complementam muito bem as lições do livro de Kahneman.

1. O Homem mais Rico da Babilônia

Esse livro mostra, através de uma história que se passa na Babilônia antiga, quais são as leis do dinheiro e como você pode fazer para atingir a riqueza.

>> Clique aqui para ler uma resenha de O Homem Mais Rico da Babilônia

2. O Investidor de Bom Senso

Já pensou em investir de forma simples e superar mais de 80% dos gestores profissionais? Esse livro mostra como a partir de investimentos extremamente simples.

>> Clique aqui para ler uma resenha de O Investidor de Bom Senso

3. Mais Esperto que o Diabo

Esse livro narra uma experiência com o próprio diabo, que mostra como erros psicológicos são responsáveis por nos fazer ter uma mentalidade de fracasso.

>> Clique aqui para ler uma resenha de Mais Esperto que o Diabo

 

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono da Casa do Estudo e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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