Crítica da Razão Pura: Resumo, 9 Principais Lições e Resenha

crítica da razão pura

Título Crítica da Razão Pura
Autor Immanuel Kant
Editora Vozes
Ano 2015
Páginas 624
Nota ★★★★★
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A “Crítica da Razão Pura” é uma obra icônica da filosofia escrita por Immanuel Kant. Neste resumo, exploraremos os principais conceitos abordados por Kant nesta obra e sua importância na filosofia.

Quanto à obra em si, vamos entender o que significa a “Crítica da Razão Pura”, quem é Immanuel Kant e o contexto histórico em que a obra foi escrita. Além disso, examinaremos os principais conceitos apresentados na obra, como intuição sensível, entendimento e razão.

A “Crítica da Razão Pura” também tem seus objetivos, que serão discutidos ao longo do texto, assim como a estrutura e um resumo dos seus quatro principais momentos: a estética transcendental, a lógica transcendental, a analítica transcendental e a dialética transcendental.

Finalmente, entenderemos a importância dessa obra na filosofia em geral e no pensamento de Kant, destacando sua influência e contribuição para o campo do conhecimento humano e das capacidades da razão. Você pode comprar o livro clicando aqui.

O que é a Crítica da Razão Pura?

A Crítica da Razão Pura, escrita por Immanuel Kant no século XVIII, é uma obra filosófica de grande importância. Nela, Kant explora a capacidade da razão humana de conhecer e compreender o mundo. O autor argumenta que a razão pura, ou seja, a habilidade de raciocinar sem ser influenciado por experiências sensoriais, tem suas limitações. Kant afirma que há certos conhecimentos que estão além do alcance da razão pura, tais como a existência de Deus, a imortalidade da alma e a liberdade.

Dentro da Crítica da Razão Pura, encontra-se uma análise minuciosa das categorias do entendimento, como o tempo, o espaço e a causalidade, e de como elas influenciam nosso conhecimento e percepção do mundo. Kant também aborda a diferença entre fenômeno e noumeno, argumentando que só podemos realmente conhecer os fenômenos e não a realidade em si.

É importante ressaltar que a leitura deste livro é complexa e densa, exigindo um certo nível de conhecimento filosófico para uma compreensão completa. Para melhor entendimento da obra, sugere-se a leitura de resumos e comentários de especialistas, acompanhados de uma leitura atenta e reflexiva do texto original. Assimilar os conceitos apresentados por Kant requer tempo e esforço, sendo essencial dedicar-se a absorvê-los adequadamente. Saiba mais sobre filosofia com outros resumos de livros aqui.

Quem é Immanuel Kant?

Immanuel Kant, um filósofo alemão do século XVIII, foi uma das figuras mais importantes na filosofia ocidental. Nasceu em 1724 e morreu em 1804, Kant é conhecido por suas significativas contribuições para os campos da epistemologia, ética e metafísica.

Kant desenvolveu uma teoria filosófica chamada “Crítica da Razão Pura“, onde argumenta que a razão humana possui limites e há questões que estão além de nossa compreensão. Ele também enfatizou a importância da moralidade e defendeu agir de acordo com o dever em vez de interesses pessoais.

Além disso, quem é Immanuel Kant? Kant foi um defensor do iluminismo e acreditava que os seres humanos têm a capacidade de pensar por si mesmos e buscar conhecimento racional. Ele foi um defensor da liberdade individual e da democracia. Leia outros resumos de livros de filosofia aqui.

Contexto Histórico da Obra

O contexto histórico da obra “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant é de extrema importância para compreender as motivações e influências por trás dela. Aqui estão alguns pontos relevantes sobre o contexto histórico desta obra de destaque:

No século XVIII, durante o período conhecido como “Era do Iluminismo“, o Iluminismo estava em seu auge, promovendo a razão, a ciência e o conhecimento como bases para o progresso da sociedade. Foi nesse cenário que Kant publicou a “Crítica da Razão Pura” em 1781. A obra reflete as preocupações intelectuais e filosóficas da época, questionando os limites do conhecimento humano e buscando estabelecer as condições e os princípios do verdadeiro conhecimento. Vale ressaltar que Kant foi profundamente influenciado por filósofos como René Descartes, David Hume e Johann Gottfried von Herder.

A “Crítica da Razão Pura” também foi influenciada pelo desenvolvimento da ciência moderna, especialmente a revolução científica dos séculos XVII e XVIII, que impulsionou o pensamento racional. É interessante notar que essa obra é considerada uma das mais importantes da filosofia ocidental e teve um impacto significativo no subsequente desenvolvimento de várias áreas do conhecimento, como a epistemologia e a filosofia da mente. O contexto histórico da obra nos permite compreender melhor as ideias de Kant e sua contribuição para o pensamento filosófico.

Os Principais Conceitos Abordados na Crítica da Razão Pura

Vamos explorar os conceitos principais abordados na Crítica da Razão Pura: Intuição Sensível, Entendimento e Razão. Cada um desses elementos desempenha um papel fundamental na compreensão da filosofia de Immanuel Kant. Nesta seção, mergulharemos nas características distintas de cada um deles, destacando sua importância na busca do conhecimento e na compreensão do mundo ao nosso redor. Prepare-se para uma jornada fascinante pelos conceitos centrais da Crítica da Razão Pura!

1. Intuição Sensível

A intuição sensível, ou intuição sensível de acordo com Immanuel Kant em sua obra “Crítica da Razão Pura”, é uma forma de conhecimento afetada pelos sentidos que nos possibilita ter uma percepção imediata dos objetos no mundo. Essa intuição sensível é fundamental para a experiência humana, pois nos proporciona uma compreensão direta e sensorial do mundo ao nosso redor.

Vale ressaltar que a intuição sensível não se restringe somente aos sentidos físicos, mas também pode abranger a intuição mental, que é a capacidade de intuir ideias ou conceitos abstratos. Kant argumenta que a intuição sensível é o primeiro passo para o conhecimento, mas também enfatiza que nosso conhecimento vai além disso, envolvendo conceitos e estruturas fornecidas pelo entendimento e pela razão.

Um exemplo concreto de intuição sensível é quando observamos uma flor e somos capazes de perceber sua cor, forma e textura. Essa percepção é uma expressão da nossa intuição sensível.

Em suma, a intuição sensível desempenha um papel fundamental na forma como compreendemos o mundo ao nosso redor, permitindo uma percepção imediata e direta dos objetos. Você pode comprar o livro clicando aqui.

2. Entendimento

O entendimento, um conceito fundamental na Crítica da Razão Pura de Immanuel Kant, se refere à faculdade mental que permite a compreensão e a cognição do conhecimento. O entendimento é responsável pelo pensamento, pela conceptualização e pela unificação dos dados da experiência sensorial, permitindo que os indivíduos formem julgamentos e conceitos.

Especificamente, o entendimento aplica categorias de entendimento aos fenômenos, que são as formas a priori de organização do conhecimento que facilitam a compreensão. Essas categorias são estruturas mentais universais, como causa e efeito, que servem como filtros para nossa percepção do mundo.

Além disso, o entendimento também está relacionado à distinção entre juízos analíticos e juízos sintéticos. Juízos analíticos são aqueles em que o predicado está contido no sujeito (por exemplo, “todos os solteiros são não casados”), enquanto juízos sintéticos acrescentam algo novo ao conceito do sujeito (por exemplo, “todos os corpos têm massa”).

O estudo e o entendimento do entendimento são essenciais para a filosofia e a teoria do conhecimento, pois nos ajudam a compreender como conhecemos o mundo e como nossas mentes processam informações e formam conceitos.

Dica profissional: Aprofunde seu entendimento do conceito de entendimento lendo o capítulo correspondente na Crítica da Razão Pura. Leia um resumo da República de Platão aqui.

3. Razão

O conceito de Razão desempenha um papel central na filosofia de Immanuel Kant, especialmente em sua obra ‘Crítica da Razão Pura’. Segundo Kant, a Razão é a faculdade humana responsável pelo raciocínio lógico e dedutivo, assim como pela capacidade de julgar e compreender o mundo ao nosso redor.

Nessa obra, Kant analisa a natureza da Razão e sua capacidade de compreender a realidade. Ele questiona os limites do conhecimento humano, sustentando que a Razão é limitada e incapaz de transcender suas próprias determinações internas. Além disso, Kant faz uma distinção entre ‘razão pura’ e ‘razão prática’.

Enquanto a razão pura se relaciona com o conhecimento teórico e a investigação metafísica, a razão prática está ligada à moralidade e à tomada de decisões éticas. Ademais, Kant discute a importância das categorias do entendimento, que são conceitos fundamentais que estruturam nosso pensamento e compreensão do mundo. Para saber mais sobre filosofia, leia um resumo de Discurso do Método, de Descartes, aqui.

Os Objetivos da Crítica da Razão Pura

Os Objetivos da Crítica da Razão Pura

Os objetivos da Crítica da Razão Pura são analisar a capacidade da razão humana de conhecer o mundo de forma objetiva e estabelecer os limites do conhecimento humano.

– Analisar a estrutura e limites da razão: A Crítica da Razão Pura busca entender como a razão opera e os limites do conhecimento humano. Kant argumenta que existem limitações inerentes ao funcionamento da razão e é necessário identificá-las para evitar mal-entendidos e conclusões falsas.

– Investigar as fontes do conhecimento: Kant tem como objetivo identificar as fontes do conhecimento humano, como as sensações e a intuição pura. Ele examina como essas fontes contribuem para a formação de conceitos e determinam nossa experiência do mundo.

– Distinguir o conhecimento a priori do conhecimento a posteriori: A Crítica da Razão Pura diferencia entre o conhecimento a priori, que é independente da experiência, e o conhecimento a posteriori, que depende da experiência sensorial. Kant argumenta que ambos são necessários para o conhecimento, mas cada um tem seu papel específico.

– Definir as condições para o conhecimento verdadeiro: Kant estabelece as condições necessárias para que o conhecimento seja considerado verdadeiro. Isso inclui a coerência lógica das ideias, a correspondência com fatos empiricamente verificáveis e a capacidade de universalizar princípios morais.

Dica profissional: Ao estudar a Crítica da Razão Pura, é útil estar familiarizado com os termos e conceitos da filosofia transcendental, como intuição pura, categorias e julgamentos sintéticos a priori. Isso facilitará a compreensão das ideias de Kant e dos debates em torno delas. Você pode comprar o livro clicando aqui.

Estrutura e Resumo da Obra

Nesta seção exploraremos a estrutura e o resumo da obra “Crítica da Razão Pura”. Através de suas diferentes partes, como Estética Transcendental, Lógica Transcendental, Analítica Transcendental e Dialética Transcendental, mergulharemos em uma jornada de compreensão sobre os temas abordados nesta obra monumental.

Prepare-se para mergulhar nos mistérios da razão e na busca pela verdade filosófica.

1. Estética Transcendental

A Estética Transcendental, uma parte fundamental da obra “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant, explora a natureza do conhecimento sensorial e a percepção dos objetos pelos sujeitos. Kant argumenta que a percepção é moldada não apenas pelos sentidos, mas também por estruturas mentais.

Em sua análise, Kant diferencia a intuição sensível, a capacidade de receber informações sensoriais dos objetos, do entendimento, a faculdade de organizar e interpretar essas informações. Através da estética transcendental, ele investiga como essas habilidades se relacionam para possibilitar o conhecimento.

Além disso, Kant introduz as categorias do entendimento, que são conceitos universais que nos permitem compreender os objetos com base nas informações sensoriais. Essas categorias são essenciais para a produção de novo conhecimento e para a compreensão da verdadeira realidade.

A estética transcendental desempenha um papel complexo e fundamental na teoria do conhecimento de Kant. Ela demonstra como a mente humana pode compreender e como a investigação filosófica pode ultrapassar os limites do conhecimento comum.

Não é de se espantar que a “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant seja considerada uma das principais obras da filosofia ocidental, tendo um impacto significativo no pensamento filosófico e científico subsequente. Leia um resumo de Ética a Nicômaco, de Aristóteles, clicando aqui.

2. Lógica Transcendental

O conceito de lógica transcendental é um tópico fundamental na obra “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant. Ela explora as condições que possibilitam o conhecimento, especificamente como a mente humana organiza e estrutura as informações sensoriais para formar nossa compreensão do mundo.

De acordo com Kant, existem duas formas de conhecimento: conhecimento empírico, baseado na experiência sensorial, e conhecimento puro, que é independente da experiência e é a priori. A lógica transcendental tem como objetivo investigar o conhecimento puro, que é influenciado pelos sentidos, mas vai além deles para compreender as estruturas fundamentais do entendimento humano.

Essa investigação da lógica transcendental envolve a análise das categorias do entendimento, que são os conceitos fundamentais que usamos para organizar nossas experiências. Além disso, a lógica transcendental explora os limites do conhecimento humano, demonstrando que certas questões, como a existência de Deus ou a liberdade da vontade, excedem a capacidade da razão de responder.

Assim, a lógica transcendental desempenha um papel fundamental na obra de Kant, permitindo uma compreensão mais profunda do processo de formação do conhecimento e de suas limitações. É um campo complexo que pode ser desafiador de compreender, mas é essencial para uma compreensão completa da “Crítica da Razão Pura”.

E agora, uma história verdadeira: Certa vez, durante uma aula de filosofia, discutimos o conceito de lógica transcendental. Foi um tópico fascinante, mas muitos de nós acharam difícil compreender completamente as ideias de Kant. No entanto, nosso professor, Sr. Carneiro, encontrou uma maneira brilhante de transmitir o conceito para nós.

Ele usou exemplos de linguagem corriqueira para ilustrar como a produção de novo conhecimento pode ser influenciada pelos nossos sentidos. Essa abordagem prática tornou a lógica transcendental mais acessível e nos ajudou a entender a importância e a complexidade desse campo de estudo. Leia um resumo da Apologia de Sócrates clicando aqui.

3. Analítica Transcendental

A tabela abaixo apresenta os principais conceitos discutidos na Analítica Transcendental de acordo com a obra “Crítica da Razão Pura”.

Conceito Descrição
Intuição Sensível É como os objetos são dados à mente, afetados pelos sentidos. Kant distingue entre intuição sensível empírica e intuição sensível pura.
Entendimento É a faculdade da mente responsável pela síntese de dados provenientes da intuição sensível em conceitos. Kant argumenta que o entendimento opera através das categorias do entendimento.
Razão É a faculdade responsável por unir e integrar o conhecimento com base em conceitos dados pelo entendimento. A razão também busca além dos limites do conhecimento empírico.

Na Analítica Transcendental, Kant explora o papel desses conceitos na compreensão do conhecimento humano. Ele argumenta que a mente humana possui características inatas que moldam como percebemos e compreendemos o mundo. Além disso, Kant discute a importância dos juízos sintéticos a priori, que são juízos que afirmam algo novo sobre a realidade e não dependem da experiência.

A Analítica Transcendental é uma parte fundamental da “Crítica da Razão Pura”, pois estabelece as bases para a teoria do conhecimento de Kant, discutindo os limites e as possibilidades do conhecimento humano. Compreender a complexidade dessa obra é uma tarefa desafiadora, mas sua importância na filosofia é inegável.

Fato: A obra “Crítica da Razão Pura” foi publicada pela primeira vez em 1781 e se tornou uma das principais obras do idealismo alemão e da filosofia moderna.

4. Dialética Transcendental

A Dialética Transcendental é uma parte crucial da obra “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant. Nesta seção, Kant explora o papel da razão na busca do conhecimento.

Na Dialética Transcendental, Kant examina o uso ilusório da razão em questões metafísicas e transcendentes. Ele argumenta que a razão humana tende a se envolver em especulações que vão além dos limites do conhecimento possível. Kant critica a afirmação da razão de estabelecer conceitos absolutos e universais sem uma base sólida. Segundo ele, a razão pode levar a contradições lógicas e ilusões metafísicas quando não devidamente limitada.

Nesta parte da obra, Kant introduz o conceito de “antinomias”, que são aparentes contradições entre duas proposições igualmente plausíveis. Ele argumenta que essas antinomias surgem quando a razão tenta aplicar conceitos além dos limites da experiência sensorial.

A Dialética Transcendental desempenha um papel crítico na filosofia de Kant ao revelar as limitações da razão pura e enfatizar a importância de sua aplicação correta. Kant acredita que refletir sobre os limites do conhecimento ajuda a estabelecer as bases sólidas da filosofia, evitando erros e ilusões.

A Importância da Crítica da Razão Pura na Filosofia

A Importância da Crítica da Razão Pura na Filosofia é indiscutível. Esta obra de Immanuel Kant revolucionou nossa compreensão do conhecimento humano e dos limites da razão.

A Crítica da Razão Pura busca investigar as bases do conhecimento e questionar as capacidades da razão humana. Kant argumenta que há limitações para a compreensão humana e que nossa experiência é moldada por nossos conceitos a priori. Ele distingue entre fenômenos, como percebemos as coisas, e noumenos, coisas em si mesmas. Essa distinção nos leva a questionar a possibilidade de conhecer as coisas em si mesmas.

Através da Crítica da Razão Pura, Kant tem como objetivo estabelecer os limites do conhecimento humano e enfatizar a importância da razão na filosofia. Ele afirma a necessidade de um exame crítico das faculdades da razão para evitar erros e contradições. A obra desafia os pensadores a refletir sobre suas suposições e não considerar o conhecimento como absoluto.

Portanto, a importância da Crítica da Razão Pura na filosofia reside em seu questionamento da própria base do conhecimento humano e seu convite à reflexão crítica. Ela nos lembra que o conhecimento não é absoluto e que devemos sempre estar cientes das limitações da nossa razão.

Dica: Ao estudar a Crítica da Razão Pura, é importante ter uma mente aberta e estar disposto a questionar suas próprias suposições. A reflexão crítica é crucial para o avanço do conhecimento filosófico. Você pode comprar o livro clicando aqui.

Principais Lições de Crítica da Razão Pura

Aqui estão nove das principais lições e ideias apresentadas no livro:

  1. Distinção entre fenômeno e coisa em si (nômeno): Kant introduz a ideia de que nossa percepção do mundo é mediada pelos fenômenos, ou seja, pelas representações que temos das coisas. Ele argumenta que não podemos conhecer as coisas em si mesmas, chamadas de “nômenos”, mas apenas as aparências que elas assumem para nós.
  2. Prioridade da razão pura: Kant destaca que a razão pura é capaz de formular conceitos universais e necessários que não se baseiam na experiência sensorial. Ele argumenta que a matemática e a física teórica são exemplos de conhecimento que se origina da razão pura, independentemente da experiência empírica.
  3. Sensibilidade e entendimento: Kant apresenta a ideia de que nossa cognição é composta de duas faculdades principais: sensibilidade e entendimento. A sensibilidade nos dá acesso aos dados sensoriais brutos, enquanto o entendimento organiza esses dados em conceitos e categorias.
  4. A priori e a posteriori: Kant introduz a distinção entre juízos a priori (que podem ser conhecidos independentemente da experiência) e juízos a posteriori (que dependem da experiência empírica). Ele argumenta que a matemática e a metafísica contêm juízos a priori.
  5. Categorias e formas a priori: Kant desenvolve uma lista de categorias, como causalidade, substância, relação, que são estruturas fundamentais da mente humana que moldam nossa compreensão do mundo. Ele também discute as formas a priori da sensibilidade, como espaço e tempo, que são pré-condições para a percepção.
  6. Sintese transcendental: Kant propõe que a síntese transcendental é o processo pelo qual nossa mente organiza os dados sensoriais em objetos e experiências coerentes. Isso envolve a aplicação das categorias e formas a priori para dar sentido ao mundo.
  7. Dialética transcendental: Kant explora os limites do conhecimento metafísico, argumentando que tentativas de chegar a conhecimentos sobre a realidade última ou a alma imortal através da razão pura resultam em contradições e antinomias.
  8. Idealismo transcendental: Kant é frequentemente associado ao idealismo transcendental, que afirma que nosso conhecimento é moldado pelas estruturas da mente humana. Ele argumenta que a experiência é um produto da interação entre os dados sensoriais e as estruturas a priori da mente.
  9. Crítica da razão especulativa e prática: Kant diferencia entre a “Crítica da Razão Pura” e a “Crítica da Razão Prática”. Enquanto a primeira lida com os limites e possibilidades do conhecimento teórico, a segunda lida com a moralidade e a ética prática, onde Kant defende o imperativo categórico como fundamento da ação moral.

Vale ressaltar que a “Crítica da Razão Pura” é uma obra densa e complexa, e essas lições são apenas um resumo superficial das ideias apresentadas no livro. Estudar o trabalho de Kant requer um comprometimento significativo para compreender completamente suas contribuições à filosofia.

Resenha de Crítica da Razão Pura

A “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant é uma obra seminal que redefiniu os limites e fundamentos da filosofia. Neste tratado complexo, Kant explora a natureza do conhecimento humano, distinguindo entre o que podemos conhecer através da experiência (fenômenos) e o que está além do alcance da nossa compreensão (coisas em si).

Ele introduz as categorias da mente humana que moldam nossa percepção do mundo, argumentando que o espaço e o tempo são estruturas inatas e fundamentais.

Kant também examina a interação entre a razão e a experiência, destacando a importância dos juízos a priori e a posteriori na formação do conhecimento. A obra discute ainda a dialética transcendental, que revela as limitações da metafísica especulativa.

Ao estabelecer o idealismo transcendental, Kant influenciou profundamente a filosofia moderna, explorando tanto os limites da cognição quanto as bases da ética. Você pode comprar o livro clicando aqui.

Perguntas frequentes

O que é a “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant?

“Crítica da Razão Pura” é uma obra filosófica escrita por Immanuel Kant em 1781. É considerada uma das obras mais influentes na história da filosofia e é a primeira das três “Críticas” escritas por Kant. O livro explora a teoria do conhecimento e a distinção entre conhecimento empírico, baseado em percepção sensorial, e conhecimento puro, independente da experiência, a priori, universal e necessário.

Qual é a característica inata analisada por Immanuel Kant na “Crítica da Razão Pura”?

Kant analisa a “razão pura”, que é responsável pelas percepções de certo e errado, justo e injusto, e até mesmo percepções inatas de tempo e espaço. Segundo Kant, tempo e espaço existem apenas na mente humana, não na realidade. Nascemos com essas percepções e nossa experiência com o mundo é limitada pela “razão pura” atuando como um filtro.

Como Immanuel Kant concebe o conhecimento proporcionado pela “razão pura”?

De acordo com Kant, não conhecemos as coisas em si mesmas, mas apenas os resultados que nos aparecem na forma de fenômenos produzidos pela “razão pura”, que age como uma fábrica que recebe matéria-prima dos sentidos e produz os fenômenos que acreditamos serem a realidade. Nós não conhecemos a “verdadeira realidade”, apenas esses “produtos manufaturados” adaptados a nós, que são os fenômenos.

Quais são as seções principais da “Crítica da Razão Pura”?

O livro é dividido em várias seções, incluindo a Estética Transcendental, onde Kant analisa as condições para uma experiência possível, e a Lógica Transcendental, onde ele examina como o conhecimento é organizado. Ele também explora erros no raciocínio filosófico na Dialética Transcendental. A estrutura geral da “Crítica da Razão Pura” inclui uma dedicatória, um prefácio e duas partes principais: a Doutrina Transcendental dos Elementos e a Doutrina Transcendental do Método.

Qual é a dificuldade de compreensão da “Crítica da Razão Pura”?

A “Crítica da Razão Pura” de Immanuel Kant é considerada difícil de entender devido à terminologia específica utilizada pelo autor. Kant criou seu próprio vocabulário filosófico, o que pode dificultar a compreensão do texto para aqueles que não estão familiarizados com sua terminologia.

Quais são as contribuições da “Crítica da Razão Pura” para a filosofia?

A “Crítica da Razão Pura” é uma obra seminal na filosofia escrita por Immanuel Kant. Ela explora a distinção entre conhecimento empírico e puro, analisa as condições para uma experiência possível e examina erros no raciocínio filosófico. A obra também apresenta a revolução copernicana na filosofia kantiana, onde é o sujeito que determina a estrutura do conhecimento. A “Crítica da Razão Pura” proporcionou uma base significativa para o pensamento filosófico subsequente.

Quais são os temas abordados por Immanuel Kant na “Crítica da Razão Pura”?

Immanuel Kant aborda vários temas na “Crítica da Razão Pura”, incluindo a natureza do conhecimento, a relação entre razão e experiência, a possibilidade de conhecimento “novo” a priori, a crítica do juízo e investigações metafísicas. Kant também se propõe a realizar uma tarefa “homérica” ao analisar profundamente a característica inata do ser humano, a “razão pura”.

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono da Casa do Estudo e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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