Árvore e Folha (Tolkien): Resumo, Resenha e 4 Lições

tolkien
TítuloÁrvore e Folha
AutorJ. R. R. Tolkien
EditoraHarperCollins
Ano2020
Páginas176
Nota★★★★★
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“Árvore e Folha” (“Tree and Leaf”) é uma coletânea de obras de J.R.R. Tolkien, publicada pela primeira vez em 1964. 

Tolkien foi um grande escritor de fantasia. Para conhecer outros livros clássicos, clique aqui.

Resumo de Árvore e Folha

O livro de Tolkien possui quatro partes. 

1. Sobre Estórias de Fadas

Tolkien explora a natureza e o propósito das histórias de fadas, discutindo o conceito de eucatástrofe (uma reviravolta súbita e feliz no enredo) e a importância da subcriação, ou seja, a habilidade do autor de criar um mundo secundário convincente. Você pode comprar o livro clicando aqui.

2. Folha de Cisco

Uma história curta que combina alegoria e fantasia. Conta a história de um artista chamado Cisco que tem uma visão de um mundo perfeito e tenta representá-lo em uma pintura. No entanto, sua vida é marcada por interrupções e desafios. A história explora temas como a criatividade, a redenção e a persistência artística.

3. Mitopeia

Um ensaio no qual Tolkien responde a críticas sobre a falta de mitologia em “O Senhor dos Anéis”. Ele discute a criação da mitologia em sua obra, explicando como ele procurou desenvolver uma mitologia inglesa e o papel da subcriação na construção do mundo ficcional. Este ensaio também aborda aspectos da fé e da religião na obra de Tolkien.

4. O Regresso de Beorhtnoth, Filho de Beorhthelm

Uma peça dramática baseada no poema anglo-saxão “A Batalha de Maldon”. Tolkien recria o cenário histórico e examina o caráter dos homens envolvidos na batalha, explorando temas como heroísmo, sacrifício e a inevitabilidade da morte.

Em “Árvore e Folha”, Tolkien oferece aos leitores uma visão fascinante de sua filosofia literária, explorando conceitos fundamentais da escrita e da criação de mundos ficcionais.

Sobre Estórias de Fadas

A primeira parte de “Árvore e Folha” é um ensaio profundo e eloquente intitulado “Sobre Histórias de Fadas”. Neste trabalho, J.R.R. Tolkien explora de maneira abrangente a natureza e a importância das histórias de fadas, oferecendo insights valiosos sobre sua própria abordagem à escrita e à criação de mundos ficcionais.

Tolkien começa definindo o termo “eucatástrofe”, que se refere à reviravolta súbita e feliz no enredo de uma história. Ele argumenta que as histórias de fadas são particularmente propensas a eucatástrofes e que, ao contrário de tragédias, essas histórias proporcionam um tipo único de satisfação ao leitor.

A eucatástrofe, segundo Tolkien, reflete a visão consoladora de que, mesmo nas situações mais sombrias, a esperança e a alegria podem surgir de maneira inesperada.

Além disso, Tolkien explora o conceito de “subcriação”, que é a habilidade do autor de criar um mundo secundário convincente. Ele defende que os contos de fadas bem-sucedidos envolvem a criação de mundos que são coesos e internamente consistentes, oferecendo uma experiência de escape e imersão para os leitores.

O autor também aborda a relação entre fantasia e realidade, argumentando que a fantasia não é uma fuga do mundo real, mas sim uma forma de enriquecê-lo. Leia um resumo de O Hobbit clicando aqui.

Tolkien defende que as histórias de fadas têm uma capacidade única de transmitir verdades profundas sobre a condição humana, permitindo que os leitores vejam o mundo real com uma perspectiva renovada.

Além disso, Tolkien critica as visões utilitárias ou reducionistas da literatura, que buscam apenas ensinar lições morais ou transmitir informações.

Ele argumenta que as histórias de fadas têm valor intrínseco como expressões artísticas e que seu poder está na capacidade de despertar emoções e imaginação.

Folha de Cisco

A segunda parte do livro “Árvore e Folha” é uma narrativa única intitulada “Folha de Cisco”, uma história curta que mescla elementos de alegoria e fantasia. Neste conto, J.R.R. Tolkien leva os leitores a uma jornada reflexiva através da vida de um artista chamado Cisco.

A história começa com a descrição de Cisco, um pintor que vive em uma sociedade onde o trabalho árduo e as responsabilidades diárias consomem a vida das pessoas.

Cisco, por outro lado, é profundamente apaixonado por pintar uma árvore, uma paisagem que ele chama de “Folha”. No entanto, as distrações da vida e as demandas sociais impedem Cisco de dedicar todo o seu tempo à sua arte.

A narrativa se desenrola de maneira alegórica, explorando temas como a criatividade, a perseverança artística e a redenção. Cisco é chamado a enfrentar suas responsabilidades, mas sua dedicação à sua obra de arte é incessante.

Tolkien utiliza a jornada de Cisco para discutir o equilíbrio entre as demandas práticas da vida e a busca da excelência artística. Leia um resumo do clássico O Senhor dos Anéis clicando aqui.

O elemento fantástico da história surge quando Cisco, após a morte, encontra-se em um lugar que se assemelha à sua própria pintura da árvore. A história explora a ideia da persistência artística além da morte e sugere uma espécie de redenção ou recompensa para o artista dedicado.

Além disso, “Folha de Cisco” aborda temas mais amplos, como a natureza transitória da vida, as prioridades na busca da excelência e a importância da visão artística em um mundo muitas vezes dominado por preocupações mundanas.

A narrativa é ricamente simbólica, permitindo interpretações diversas. Pode ser vista como uma representação da vida de Tolkien como um acadêmico e autor, enfrentando as pressões do mundo real enquanto buscava criar sua própria mitologia e obras de fantasia.

Mitopeia

“Mitopeia” é uma pequena joia literária em forma de poema, na qual J.R.R. Tolkien responde com paixão a uma crítica inicial de CS Lewis sobre a “subcriação” fantástica. Em poucos versos, Tolkien não só defende a criação de mundos imaginários, mas também celebra a beleza e a profundidade inerentes à fantasia.

O poema, carregado de emoção, revela não apenas a habilidade do autor em expressar-se poeticamente, mas também destaca a influência persuasiva de Tolkien sobre CS Lewis.

O fato de Lewis, inicialmente cético, ter se transformado em um ardente defensor do gênero fantástico após essa troca reflete o poder da argumentação e da visão única de Tolkien, solidificando sua posição como mestre da literatura fantástica e influenciador notável no mundo literário. Leia um resumo de O Silmarillion clicando aqui.

O Regresso de Beorhtnoth, Filho de Beorhthelm

A última parte de “Árvore e Folha” apresenta uma obra singular intitulada “Oferendas Perdidas”, uma peça dramática baseada no poema anglo-saxão “A Batalha de Maldon”.

Neste texto, J.R.R. Tolkien mergulha na atmosfera histórica e na natureza dos homens que participaram dessa batalha, explorando temas como heroísmo, sacrifício e as complexidades morais envolvidas no contexto de um conflito armado.

A história é centrada em torno de Beorhtnoth, líder dos homens de Maldon, e sua decisão de confrontar um exército invasor, mesmo diante de uma aparente desvantagem.

Tolkien desenvolve os personagens de Beorhtnoth, seu escudeiro, e outros guerreiros, apresentando suas motivações, dilemas éticos e as consequências inevitáveis de suas escolhas.

A peça é rica em diálogos intensos que exploram a natureza da liderança, a bravura individual e as consequências do conflito armado. Tolkien tece elementos de poesia e linguagem arcaica, criando uma atmosfera que ecoa a tradição épica anglo-saxã.

Ao longo da história, os personagens enfrentam escolhas difíceis, destacando os conflitos éticos e as realidades cruéis da guerra. Tolkien não romantiza o conflito, mas, em vez disso, mergulha nas complexidades morais, explorando a honra, a lealdade e a inevitabilidade do sacrifício em um cenário de batalha.

“Oferendas Perdidas” oferece uma visão única do passado, utilizando a ficção para explorar a psicologia dos personagens históricos e refletir sobre as implicações morais e humanas de suas ações.

A peça também destaca o profundo conhecimento de Tolkien sobre a mitologia e a língua anglo-saxã, enriquecendo a obra com elementos culturais e históricos. Você pode comprar o livro Árvore e Folha aqui.

Resenha: Vale a Pena Ler Árvore e Folha?

“Árvore e Folha” oferece uma experiência literária fascinante e multifacetada que cativa os leitores desde sua primeira página.

Composta por ensaios e uma narrativa curta, a obra revela as profundezas da mente criativa de J.R.R. Tolkien, oferecendo insights vívidos sobre sua filosofia literária e sua visão única do gênero fantástico.

Cada componente, repleto de erudição e paixão, contribui para uma compreensão mais profunda do universo literário de Tolkien.

A riqueza linguística, as reflexões filosóficas e as histórias envolventes tornam “Árvore e Folha” uma leitura imperdível para os amantes da fantasia e para aqueles que desejam explorar as camadas mais profundas da mente do mestre criador de mundos. Você pode comprar o livro Árvore e Folha aqui.

Quem foi Tolkien?

Tolkien é considerado um dos escritores mais importantes do século XX e sua obra influenciou muitos outros autores e artistas.

J.R.R. Tolkien foi um escritor, filólogo e professor universitário britânico, nascido em 1892 e falecido em 1973. Ele é mais conhecido por ter criado o universo ficcional da Terra Média, que é o cenário para seus romances O Hobbit e O Senhor dos Anéis.

Tolkien cresceu em Birmingham e estudou na Universidade de Oxford, onde posteriormente tornou-se professor de Língua e Literatura Inglesa.

Sua paixão pela linguística influenciou muito sua obra literária, que foi influenciada pela mitologia nórdica e anglo-saxônica.

Além de sua obra literária, ele também foi um cristão devoto e um veterano da Primeira Guerra Mundial.

Tolkien foi grande amigo de C. S. Lewis (leia sua biografia aqui).

Biografia de Tolkien

John Ronald Reuel Tolkien nasceu em Bloemfontein, na África do Sul, em 1892.

Tolkien nasceu na África do Sul em 1892, mas cresceu em Birmingham, Inglaterra. Formou-se em Língua e Literatura Inglesa em Oxford e lutou na Primeira Guerra Mundial. Retornou a Oxford como professor e começou a desenvolver sua obra literária, incluindo O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Faleceu em 1973, deixando um legado significativo na literatura fantástica.

Sua família mudou-se para a Inglaterra quando ele era criança, e ele cresceu em Birmingham.

Tolkien estudou no Exeter College, em Oxford, onde se formou em Língua e Literatura Inglesa.

Em 1916, ele se juntou ao Exército Britânico e lutou na Primeira Guerra Mundial.

Depois da guerra, Tolkien retornou a Oxford como professor. Durante esse tempo, ele começou a desenvolver sua obra literária, que inclui O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion.

Tolkien faleceu em 1973, deixando um legado significativo na literatura fantástica e na cultura pop em geral.

Ele foi muito influenciado pelo famoso pensador G. K. Chesterton (leia sua biografia aqui).

Frases de Tolkien

“Não todos os que vagueiam estão perdidos.”

“Eu gostaria que isso não tivesse acontecido na minha época”, disse Frodo. “Eu também”, disse Gandalf, “e todos aqueles que vivem para ver esses tempos. Mas isso não cabe a eles decidir. Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.”

“Não conheço nem metade de vocês tão bem quanto gostaria, e gosto menos de metade de vocês tanto quanto vocês merecem.”

“Tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos é dado.”

“Se mais de nós valorizássemos a comida, a alegria e a canção acima do ouro acumulado, seria um mundo mais alegre.”

“Infiel é aquele que diz adeus quando a estrada escurece.”

“O mundo está de fato cheio de perigo, e nele há muitos lugares escuros; mas ainda há muito que é justo, e embora em todas as terras o amor esteja agora misturado com pesar, talvez cresça ainda mais.”

” Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem a vida. Você pode dá-la a eles? Então não seja muito ansioso para dar a morte em julgamento. Pois mesmo os muito sábios não podem ver todos os fins.”

“É um negócio perigoso, Frodo, sair pela porta. Você pisa na estrada e, se não mantiver os pés, não sabe para onde será levado.”

“Não direi: não chore; pois nem todas as lágrimas são más.”

“A fantasia é uma fuga, e essa é sua glória. Se um soldado é prisioneiro do inimigo, não consideramos seu dever escapar? Se valorizamos a liberdade da mente e da alma, se somos partidários da liberdade, então é nosso dever escapar e levar quantas pessoas pudermos conosco!”

“Você deseja-me um bom dia ou quer dizer que é um bom dia, quer eu queira ou não; ou que você se sinta bem esta manhã; ou que é uma manhã para ser bom?”

Livros de Tolkien

Veja algumas das principais obras de Tolkien com suas sinopses.

1. O Hobbit

O Hobbit é uma obra que se passa na Terra Média e conta a história de Bilbo Bolseiro, um hobbit que é convidado a se juntar a uma aventura épica para recuperar um tesouro guardado por um dragão. Compre O Hobbit clicando aqui.

2. O Senhor dos Anéis

O Senhor dos Anéis é uma trilogia que se passa na Terra Média e narra a jornada de Frodo Bolseiro, um hobbit que precisa destruir um anel poderoso antes que ele caia nas mãos do maléfico Senhor do Escuro. Compre O Senhor dos Anéis clicando aqui.

3. Silmarillion

O Silmarillion é uma obra que apresenta a mitologia da Terra Média e conta a história da criação do mundo, dos deuses e dos primeiros elfos. A obra também explora os conflitos entre as diversas raças e povos da Terra Média. Compre Silmarillion clicando aqui.

4. Contos Inacabados

Contos Inacabados é uma coletânea de histórias e lendas da Terra Média, muitas das quais foram deixadas inacabadas por J.R.R. Tolkien. Compre Contos Inacabados clicando aqui.

5. Os Filhos de Húrin

Os Filhos de Húrin conta a história de Turin Turambar, um herói trágico da Terra Média que luta contra o mal de Morgoth. A obra é uma expansão de um dos contos apresentados em O Silmarillion. Compre Os Filhos de Húrin clicando aqui.

6. Beren e Lúthien

Beren e Lúthien é uma história de amor e aventura que se passa na Terra Média. A obra acompanha Beren, um mortal, e Lúthien, uma elfa, em sua busca por uma jóia mágica guardada por um dragão. Compre Beren e Lúthien clicando aqui.

7. A Queda de Gondolin

A Queda de Gondolin é uma história que apresenta a batalha final entre as forças do bem e do mal na Terra Média. A obra conta a história de Turgon, o rei da cidade de Gondolin, e de sua luta contra Morgoth e seus exércitos. Compre A Queda de Gondolin clicando aqui.

8. Árvore e Folha

Árvore e Folha é uma coletânea de ensaios e histórias curtas de Tolkien. A obra inclui o ensaio “Sobre Contos de Fadas”, no qual o autor discute sua visão sobre o gênero literário, além de histórias como “Folha, de Migalha”, que explora temas como vida, morte e criatividade. Compre Árvore e Folha clicando aqui.

Pensamento de Tolkien

Tolkien apresenta diversos pensamentos sobre assuntos diferentes. Veja abaixo.

1. Mitologia

Tolkien valorizava a criação de um mundo ficcional completo com sua própria história e mitologia, acreditando que essas histórias poderiam oferecer significado e ensinamentos aos leitores.

2. Linguagem

Tolkien era um filólogo e criou línguas completas para seus personagens. Ele acreditava que a linguagem era a base da cultura e do pensamento humano, e acreditava que a criação de línguas era uma parte vital do processo de escrita.

O pensador Olavo de Carvalho fala muito do poder da linguagem. Leia uma biografia de Olavo de Carvalho clicando aqui.

3. Natureza

A natureza é uma força poderosa em todos os livros de Tolkien, muitas vezes personificada em personagens como Ents e Tom Bombadil. Ele acreditava que o mundo natural tinha um valor intrínseco que merecia ser protegido.

4. Dualidade do bem e do mal

Tolkien acreditava que o bem e o mal eram forças opostas, mas igualmente poderosas. Ele viu a luta entre o bem e o mal como o cerne de todas as histórias, e seus personagens muitas vezes precisavam escolher entre essas forças conflitantes.

Um intelectual que falou da ação humana foi o famoso economista Ludwig von Mises (leia sua biografia aqui).

5. Identidade cultural

A identidade cultural era um tema importante para Tolkien, que acreditava que as pessoas deveriam estar conectadas às suas raízes e à sua história. Seus personagens muitas vezes encontram sua força na conexão com sua terra natal e tradições culturais.

Outro pensador que fala sobre isso é Edmund Burke (leia sua biografia aqui).

6. Catolicismo

Tolkien era um católico devoto e sua fé influenciou muito sua escrita. Muitos dos temas e símbolos em seus livros têm origem na tradição católica.

Existiram vários intelectuais católicos importantes na história. Veja a biografia de pensadores católicos aqui.

7. Amizade

A amizade é um tema importante em todos os livros de Tolkien, e muitas vezes seus personagens são unidos por laços de amizade que os ajudam a superar obstáculos e alcançar seus objetivos.

O catolicismo de Tolkien

A relação entre J.R.R. Tolkien e o catolicismo foi significativa e influenciou seu trabalho de várias maneiras.

Tolkien era um católico devoto e sua fé era central em sua vida. Ele via a escrita como uma forma de expressar sua compreensão da criação e da providência divina. Sua visão de mundo era profundamente moldada por sua fé, e ele usava sua escrita para explorar temas religiosos e teológicos.

Em suas obras, Tolkien explorou a luta entre o bem e o mal, a importância da virtude e da coragem, e a necessidade da redenção e do sacrifício.

Ele também incorporou temas católicos, como a natureza sacramental da criação e a ideia de que a história humana é uma jornada em direção à salvação.

Além disso, a fé católica de Tolkien influenciou sua abordagem literária. Ele valorizava a tradição e a ortodoxia, e procurava expressar a verdade em sua escrita.

Existiram vários intelectuais católicos na história. Veja a biografia de importantes pensadores católicos aqui.

A Importância de Tolkien

A importância de Tolkien está relacionada ao seu impacto no mundo literário e cultural.

Seus livros, especialmente “O Senhor dos Anéis”, são considerados clássicos da literatura de fantasia, influenciando não apenas outros escritores do gênero, mas também a cultura popular em geral. Tolkien criou um universo ficcional completo, com línguas, culturas e histórias próprias, que capturaram a imaginação de milhões de leitores em todo o mundo.

Além disso, a profundidade e a riqueza de seus personagens e temas, como amizade, sacrifício e redenção, garantiram que suas obras permanecessem relevantes e emocionantes para as gerações seguintes.

Tolkien é um dos autores mais importantes do século XX, cuja obra influenciou a cultura popular e a literatura de fantasia de maneira significativa e duradoura.

Impacto de Tolkien na Música

Em 1998, o grupo musical alemão Blind Guardian lançou o álbum “Nightfall in Middle-Earth”, uma obra musical inteiramente dedicada a “O Silmarillion”, de J.R.R. Tolkien.

Este disco é notável por sua meticulosa referência aos diversos trechos do “Quenta Silmarillion” e pela sua capa, que representa uma das cenas mais emblemáticas do livro. Tal iniciativa ilustra a influência duradoura e abrangente das obras de Tolkien no cenário da música, particularmente no gênero do heavy metal.

Além disso, outros artistas, tanto dentro das várias vertentes do heavy metal quanto em gêneros musicais mais tradicionais, foram diretamente influenciados pela literatura de Tolkien, em especial “O Silmarillion”.

Bandas notáveis, como a austríaca Summoning, a finlandesa Battlelore e a italiana Ainur, incorporam elementos tanto líricos quanto estéticos das obras de Tolkien em sua música, perpetuando assim a tradição de homenagear esse universo literário.

Outro exemplo digno de nota é a banda inglesa Marillion, que, em seus primórdios, adotou o nome artístico “Silmarillion”. Contudo, por conta de conflitos legais com os detentores dos direitos autorais das obras de Tolkien, a banda teve que abreviar seu nome.

Esses exemplos, aliados a outros, como a banda de heavy metal Cirith Ungol (uma referência a um local dentro da mitologia tolkieniana) e a banda sueca de death metal melódico Amon Amarth (cujo nome significa “Montanha do Destino” em Sindarin), atestam a influência perdurável e multifacetada da obra de Tolkien no mundo da música contemporânea.

Vítor Costa

Doutor em Química pela UFRJ. Copywriter e redator de conteúdo especializado em finanças e negócios. Dono da Casa do Estudo e do Podcast do Vítor. Amante de filosofia, literatura e psicologia.

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